Durante o período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a Europa se encontrou em um contexto de extrema precariedade e falta de saneamento básico, que ocasionou na grande proliferação de doenças tanto dentro quanto fora dos campos de batalha. Mesmo que essa realidade tenha acontecido no século passado, ainda hoje o problema do surgimento de doenças devido aos descuidos para com a higiene básica associada à quadros de pobreza e miséria ainda é real e intenso e deve ser combatido.
De acordo com a Lei nº 11.445/07 de cinco de Janeiro de 2007, todo cidadão brasileiro tem direito a receber acesso ao saneamento básico de qualidade de forma fiscalizada e regulada, entretanto podemos afirmar que a lei não está sendo praticada de forma efetiva, se considerarmos que 17% do total de domicílios não possui fornecimento hídrico encanado, como mostram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No documentário “Saneamento Básico: Um Drama Brasileiro” podemos acompanhar a realidade da comunidade carioca de Rio das Pedras que carece de saneamento básico e melhores condições de saúde para os moradores. O risco de doenças como Dengue, Leptospirose, Hepatite, Esquistossomose, Cólera, Zika etc é grande e afeta principalmente as crianças, que utilizam espaços onde há esgoto a céu aberto, sem nenhuma segurança.
Considerando o acesso ao saneamento básico um direito de todos, além de uma questão de saúde pública, algumas medidas podem ser tomadas para que ele mais pessoas recebam-no. É necessário que o governo tome providências sobre o assunto, levando o saneamento para as regiões mais afastadas e menos abastecidas das cidades, especialmente nas áreas rurais. Além disso é necessário que o Ministério da Saúde faça campanhas com a população, via televisão e internet conscientizando sobre as doenças causadas pela falta de saneamento básico e como prevení-las.